HISTÓRIA

A soja (Glycine max L.) teve origem no Continente Asiático na região da antiga Manchúria, atual China. Conhecida e explorada no oriente a mais de cinco mil anos (uma das mais antigas plantas cultivadas no planeta ), o ocidente ignorou seu cultivo até a segunda década do século XX, quando os Estados Unidos iniciaram sua exploração comercial.

A soja chegou ao Brasil em 1882 graças aos americanos. Gustavo Dutra, então professor da escola de agronomia da Bahia, realizou os primeiros estudos de avaliação de cultivares introduzidas no país.

Somente em 1900 e 1901, o instituto Agronômico de Campinas promoveu a primeira distribuição de sementes de soja para produtores paulistas e nesta mesma data, têm-se registro do primeiro cultivo de soja no Rio Grande do Sul onde a cultura encontrou efetivas condições para se desenvolver e expandir devido as semelhanças climáticas do ecossistema de origem (sul dos EUA) dos materiais genéticos existentes no país, com as condições climáticas predominantes no extremo sul do Brasil.

Origem

Pertencente a família das leguminosas, a soja é a única fonte de proteína de origem vegetal que contém cerca de 35 a 40%, que possui todos os aminoácidos essenciais, sendo considerada de alto valor biológico. A proteína isolada de soja possui qualidade equivalente as proteínas de carne, leite e ovos.

Processo

A proteína isolada de soja (PIS), é produzida a partir dos flocos por meio de processo que utiliza extração aquosa e aquecimento mínimo, sendo praticamente livre de carboidratos e gorduras, tendo 90% de proteína hidrolisada de peso seco, ou seja, uma forma de aminoácidos com alta digestibilidade e maior absorção.

Para que serve

Pesquisada desde 1988, hoje é considerada um excelente repositor de proteínas para pessoas que praticam atividade física, proporcionando uma regeneração ou o ganho de massa muscular, como também beneficia pessoas que tem necessidades de um aporte proteico maior.

Dos 20 aminoácidos que o ser humano requer, 11 são produzidos pelo nosso corpo; os outros 9 devem ser obtidos pela alimentação. A proteína isolada prove todos os 9 restantes, tornando-se uma proteína completa.

* Previne doenças cardiovasculares
* É um repositor hormonal devido as isoflavonas

Isoflavonas

São substâncias presentes principalmente na soja e em seus derivados como também: no grão de bico, feijão fava, pistache, amendoim, sementes de linhaça e frutas e nozes. A soja é a mais rica fonte de isoflavonas e seus derivados contém concentrações variadas de isoflavonas.

As isoflavonas são denominadas fitoestrógenos por apresentarem semelhança estrutural com os hormônios estrogênios, encontrados em maior concentração nas mulheres. As isoflavonas contidas na soja são apenas um pequeno componente da soja e portanto, alimentos que contêm soja não devem ser igualados ou denominados como isoflavonas. Estima-se que a cada 1g de proteína é encontrado de 2 mg a 4 mg de isoflavonas, podendo variar, por isso é somente uma base.

Mito ou verdade

* Não cria peito;
* Não feminiza o homem;
* O homem não possui receptor para isso.

Existem bases científicas que salientam esta questão, portanto, os homens não tem com o que se preocupar, a proteína de soja pode ser ingerida sem nenhum efeito colateral adverso.

Consumo PIS

Esta questão quase se torna individual pois depende do objetivo e histórico clínico de cada pessoa. Por isso sempre é indicado sugerir que o cliente consulte o médico ou nutricionista. Já o fornecedor indica a ingestão de 30g (2 colheres/sopa dia)

Tabela:

Proteína isolada de soja – 26g
Queijo – 8,7g
Carne de frango crua – 5,9g
Carne de boi – 4,8g
Ovo cru – 3,7g
Quinoa em grão – 3,6g
Leite integral – 0,9g

Micronização

O processo de micronização consiste em tratar o soja termicamente. Durante 5 minutos de passagem pela esteira, os raios infravermelhos penetram no grão, e o grão fica inchado com fissuras internas, e passa por um cilindro que lamina o produto, após reduzir os grãos as partículas de aproximadamente 30 micras ou 0,03 milímetros, fazendo com que o alimento perca um pouco a sua qualidade nutricional