Bolos, tortas, doces, sorvetes e sobremesas são guloseimas que levam na receita o açúcar, componente apontado como vilão da alimentação saudável. Apesar de ser agradável ao paladar, o açúcar branco e refinado não carrega quantidades significativas de nutrientes e ainda recebe aditivos químicos no seu processo de industrialização. O resultado? Isso faz dele um alimento nocivo ao funcionamento do organismo. Tanto é que segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA) o açúcar é tão perigoso quanto o álcool e o cigarro, e seu consumo também deveria ser controlado.
Mas há uma saída para manter a saúde sem tirar o doce da alimentação: o jeito é substituir esse vilão por adoçantes (químicos ou naturais) mais saudáveis, que agregam valor nutricional à sua alimentação.
Mas vale lembrar que o abuso dos adoçantes também deve ser evitado, já que, em excesso, eles ativam os receptores de glicose no intestino. Conheça alguns adoçantes saudáveis e escolha o que melhor se adapta a sua rotina alimentar. Eles ainda são a melhor opção, principalmente quando comparados com o ciclamato, que, de acordo com uma série de pesquisas, contém substâncias possivelmente cancerígenas.
Stévia:
Os adoçantes feitos à base de stévia são extraídos da folha da Stevia rebaudiana, uma planta de origem sulamericana. Essa opção figura entre as mais saudáveis, já que é de origem natural e não causa qualquer alteração na glicemia. “Ela adoça cerca de 300 vezes mais que o açúcar sem adicionar calorias à dieta”, explica a nutricionista Bruna Pinheiro, do programa de emagrecimento Dieta e Saúde, que recomenda o uso em sucos, sorvetes, chás e pratos cozidos ou assados.
Açúcar mascavo:
Para quem não tem diabetes, o açúcar branco pode ser substituído pelo açúcar mascavo. “Esse alimento é obtido das primeiras extrações da cana, por isso possui menos calorias e mais minerais – como cálcio, magnésio, potássio e fósforo – que o açúcar branco” explica Bruna. Ele pode ser utilizado da mesma maneira que o açúcar branco, mas vale ressaltar que ele contém calorias e por isso deve ser usado com moderação.
Açúcar Demerara:
Também chamado de cristal dourado, o açúcar demerara é levemente refinado, ficando entre o açúcar mascavo e o refinado. “A principal vantagem é que ele não recebe aditivos químicos”, explica Thaís. Seus grãos são maiores e um pouco mais difíceis de diluir. Uma sugestão é triturá-lo no liquidificador antes de consumir. Seu valor nutricional é semelhante ao do açúcar mascavo.
Sucralose:
“A sucralose é elaborada a partir da modificação da molécula do açúcar. Apesar de não conter nutrientes, ela não tem os efeitos nocivos do açúcar, já que não altera a taxa glicêmica” explica a nutricionista da rede Mundo Verde. Os adoçantes de mesa feitos à base de sucralose possuem poder adoçante 600 vezes maior que o açúcar, têm sabor agradável e podem ser utilizados em preparações quentes e frias.
Mel:
Constituído por frutose e glicose, ele é fonte de carboidratos, vitaminas do complexo B e minerais. Também é conhecido pelas suas ações antifúngica e bactericida. Mas possui elevado valor calórico, portanto não deve ser consumido em grande quantidade. Quando é aquecido, o mel pode sofrer uma perda significativa dos nutrientes. Por isso, prefira consumi-lo sem cozinhar.
Açúcar Orgânico:
Hoje, ele tem sido usado cada vez mais como um substituto do açúcar refinado. Ambos têm a mesma capacidade de adoçar alimentos e calorias semelhantes, no entanto, o açúcar de coco tem menor índice glicêmico, o que significa que ele causa menores picos de glicose e de insulina no organismo. Ele é considerado um alimento minimamente processado, já que não leva conservantes nem passa por processos de refinamento.
Açúcar de Coco:
O açúcar de coco é obtido através da seiva encontrada dentro do coqueiro. Para obtê-lo, é preciso fazer um corte na flor do coqueiro. A seiva líquida recolhida passa por um aquecimento e é desidratada através do calor, o que resulta em cristais usados para adoçar alimentos.
Acessulfame-K:
Este adoçante é derivado do potássio e tem poder adoçante entre 130 e 200 vezes maior do que o açúcar branco. Ele pode ser adicionado à comida e bebida. Também está presente nos chicletes que não levam adição de açúcar. Apesar de não adicionar nutrientes à alimentação, não há estudos comprovando seu efeito nocivo ao organismo.
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